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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Varejo lucra até 220% com alta do frango

O preço do frango vem subindo devido ao aumento de custo sofrido por produtores e empresas nos últimos meses. A alta é gerada pela queda mundial na oferta de grãos, trazida pela seca nos Estados Unidos. Essa redução de oferta elevou os preços das commodities e forçou uma alta da ração.O problema é que, além desses custos vindos da produção e da industrialização, os consumidores estão pagando por uma margem "antiética" vinda do varejo, segundo Francisco Turra, presidente da Ubabef (União Brasileira de Avicultura).

"Enquanto as empresas e pequenos produtores do setor avícola lutam diante de um dramático aumento de custos, alguns estabelecimentos do varejo se aproveitam para explorar o bolso do consumidor, imprimindo margens de até 220% nos preços dos produtos", diz ele.O presidente da Ubabef se baseia em pesquisa de preços feita pela APA (Associação Paulista de Avicultura) no varejo de São Paulo.

O levantamento da APA indica que uma bandeja de filé de peito de frango produzida no Estado de São Paulo chega a ser vendida na gôndola com alta de até 129% sobre o preço de venda da agroindústria. No caso do frango inteiro, a diferença chega a 139%, e, no da coxa, a 146%.Para Turra, um dos casos que mais chamam a atenção é o do frango a passarinho, cuja margem atinge até 220%.

"Os repasses do aumento de custos de produção para os consumidores é lógico, mas o que não é normal é alguns estabelecimentos varejistas se aproveitarem dessa situação e elevarem o produto em percentuais desmedidos", diz Turra. É hora de reduzir os prejuízos da cadeia produtiva como um todo, afirma ele.Essa margem aplicada pelo varejo se constitui em um círculo vicioso. Produto mais caro, vendas menores e problemas ainda maiores para os avicultores, segundo Erico Pozzer, presidente da associação dos produtores.

Fonte: Folha de São Paulo

Imagens: E.Brentzel

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