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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Avicultura fluminense tem possibilidade de expansão

Berço da avicultura nacional, nos anos 1960, início da década de 1970, o Rio de Janeiro mantém hoje um volume de produção bem aquém dos números nacionais. Em compensação, o fluminense é o segundo mercado consumidor de alimentos do país, só perdendo para São Paulo. Para diminuir esse descompasso e contribuir com o desenvolvimento da avicultura do estado, a pesquisadora Virginia Leo de Almeida Pereira, da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), vem monitorando e avaliando as condições sanitárias de algumas granjas de cidades do interior fluminense. Seu projeto tem apoio do programa Jovem Cientista do Nosso Estado, da Faperj.

Para tanto, Virginia vem coletando amostras, tanto em granjas de criação industrial quanto em granjas de criação alternativa, de menor porte. Seu trabalho visa apoiar a atividade avícola, não só avaliando a qualidade sanitária da carne e dos ovos produzidos no estado, como orientando os produtores e colaborando no treinamento dos fiscais da Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio de Janeiro. A intenção é auxiliar no controle sanitário das granjas industriais e também estimular a produção alternativa de forma organizada e segura.

A partir de coletas semestrais de água, para avaliação microbiológica e físico-química, feita no Laboratório de Biologia Animal da Pesagro-Rio, assim como amostras de sangue e swabs (da traqueia e da cloaca) das aves, realizadas a cada dois ou três meses e processadas no Laboratório de Ornitopatologia da UFF, Virginia e sua equipe traçam um perfil da saúde do criatório.

- Nas criações industriais, a tendência é de haver um maior controle sanitário, até mesmo devido à grande concentração de populações de aves, o que, por si só já exige maiores cuidados. No entanto , já identificamos a presença de micoplasmas, bactérias que provocam doenças respiratórias nas aves, e vírus de bronquite infecciosa, que costumam levar a deformações nos ovos tanto nestas criações quanto em criações alternativas - diz.
Nesses casos, a pesquisadora orienta o criador, propondo medidas para evitar problemas do gênero e mantém o acompanhamento.

- Também monitoramos as granjas para detectar a presença de salmonelas e verminoses, problemas que são importantes evitar não apenas por prejudicar o bem-estar das aves e a absorção dos nutrientes da ração, como também para preservar a produção, já que os animais acometidos perdem peso e a os ovos também podem ser afetados por essas doenças - explica.

Fonte: Diario do Vale

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